Quem sobrevive no ramo do turismo depois do COVID-19?

Sem pretensões futuristas e sendo muito realista, o CEO da TMI MICE analisa a situação e prevê que quem pensar estrategicamente saberá sair dessa crise provocada pelo COVID-19

O setor de Viagens e Turismo pode demorar de cinco a sete anos para recuperar as perdas de 2020, segundo previsão da Organização Mundial de Turismo (OMT) sobre essa crise inegavelmente sem precedentes para o segmento. Por isso, precisamos nos preparar, nos planejar e quando tudo isso passar, retomarmos com otimismo. Não tenho pretensão de ser um visionário, mas acredito na retomada e no movimento que esse “tsunami COVID-19” deixará como legado.

Como um tsunami, essa crise arrasou países, governos e famílias, mas quando a onda recuar e perder força, teremos de estar prontos para novas construções e com mais desafios pela frente.

O apelo vindo da OMT que divulgou uma série de recomendações pedindo apoio urgente para o setor global de Turismo, não apenas a se recuperar do desafio COVID-19, mas para “crescer melhor” nos mostra o poder desse segmento em índices econômicos e financeiros. As recomendações foram desenhadas pelo Comitê de Crise do Turismo Global e visam apoiar governos, o setor privado e a comunidade internacional. Somente para se ter uma ideia, em 2009, com a crise econômica global, as chegadas de turistas internacionais caíram 4% e durante a SARS, a queda foi somente de 0,4% em 2003. Aqui no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR), na semana de 23 de março desse ano as empresas associadas já apresentaram uma redução de 75% na demanda nacional e de 95% na internacional em relação a igual período de 2019.

Mas, o que podemos fazer para mudar esse cenário? Por enquanto nada. Mas podemos ir nos preparando para uma retomada, para quando tudo isso acabar. Aí você me pergunta: quando? Ninguém sabe. Ainda vivemos num mundo de incertezas com dados péssimos, mas não podemos desistir e é importante trocarmos ideias e projetar futuros cenários.

A única certeza que tenho é a que não seremos mais o mesmo negócio e o mundo também não será.

A questão da segurança sanitária será ainda mais acirrada em todas as viagens.  A segurança é, sempre foi e vai ser intensificada depois disso tudo. Essa é a preocupação das autoridades de fronteira e dos viajantes. Todos irão buscar viajar com proteção e evitar possíveis contágios. Cabe aos empresários do setor se antecipar e providenciar essa proteção, sem prejudicar os deslocamentos, garantindo a segurança e o conforto de todos.

Outro fator a se prestar atenção é que as pessoas estão em isolamento social e ficarão ainda por algum tempo, e isso é o gatilho que o setor precisa trabalhar para oferecer melhores oportunidades de lazer para todos, quando tudo isso acabar. 

Se você ainda não sabe o que vai motivar seus colaboradores quando tudo isso acabar, trabalhe com metas e reconhecimentos focados nessa saída. Acredito que não existirá meta que não seja cumprida, com uma família inteira presa em casa, louca para uma merecida férias nas praias do nordeste, por exemplo.  Comprovando o que digo, recentemente saiu uma pesquisa da TRVL com 300 viajantes e outra com 325 profissionais de Viagens e Turismo, para medir a evolução do impacto da crise causada pela pandemia de COVID-19 no turismo brasileiro e apontar tendências e caminhos. E a tendência preliminar aponta para a retomada do turismo regional em um primeiro momento, com o Nordeste liderando na citação dos consumidores (pouco mais de 26%) como destino mais desejado para o pós-crise COVID-19. Depois vem praias regionais, litoral do Sul e Rio de Janeiro.

O que vejo nisso tudo? Eu vejo uma grande oportunidade. Vejo que se focarmos nas pessoas, no que elas querem para suas vidas, para suas famílias, o turismo é o principal mercado a se aquecer pós trauma do COVID-19. Se você ainda tem dúvidas, vamos conversar! Quero saber se sua visão mudou depois dos dados que eu trouxe! Marcaremos uma chamada virtual e tomaremos um café, cada um no seu isolamento, mas juntos para a retomada.


Com formação em Administração Hoteleira e Publicidade & Propaganda e cursos em Gestão empresarial, Empreendedorismo e Psicodinâmica dos negócios, construí minha carreira atuando fortemente em todo o processo comercial. Incansável na busca pela excelência em tudo de bom que a vida pode nos dar.

Rodrigo, CEO e fundador da TMI MICE, Viajante Profissional e Músico.


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Imagem por Muhammed Fayiz via Unsplash

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