Certamente a chegada da pandemia causou medidas e reações diferentes por onde passou. Enquanto a China está se recuperando e retomando sua rotina de trabalho e negócios, alguns países sequer saíram da quarentena. Mas isso não quer dizer que precisamos deixar as coisas acontecerem para darmos início às mudanças e pensarmos na retomada. E pensando nisso, convidei um especialista em negócios de marketing que pode falar com propriedade sobre como o Marketing de Incentivo e como os negócios podem caminhar num rumo de retomada quando tudo passar.

Conversei com o Gerente de Marketing, Ricardo Brandão, responsável pelo Marketing da América Latina da Multinacional PETRONAS, 

Como as multinacionais enxergam a retomada pós pandemia e como as campanhas de incentivo e viagens podem ajudá-las com esses planos.

Já sabemos que a pandemia soube igualar as dificuldades, independente do tamanho da empresa. E segundo ele, que segue com o time em home office, com exceção da operação fabril da empresa, que fica em Contagem – MG, deixou algumas coisas mais simples e outras ainda mais difíceis:   ”O que antes era uma conversa de 10 minutos, acabou virando uma reunião na agenda, e cada vez mais as agendas estão lotadas. São muitas tarefas acumuladas além dos assuntos da empresa”, afirma Brandão.

Felizmente a empresa não demitiu ninguém, mas para isso, houveram cortes de despesas gerais, inclusive investimentos em Marketing. E é neste ponto que quero chegar. Entender qual foi o impacto comercial, financeiro e até motivacional que essa pandemia trouxe para o seu time de colaboradores e seus clientes.

E quando se fala em impacto motivacional, é quase senso comum que todo mundo foi pego de surpresa e atribuímos nossa pouca experiência em lidar com tudo isso à nossa falta de vivência com grandes crises. “Sem sombra de dúvida, as pessoas ficaram sem saber o que estava acontecendo. A nossa geração não passou por crises em proporções catastróficas, como guerras, epidemias, crise da bolsa de 29, coisas desse tipo. Essa é a crise da nossa geração. Tivemos um baque inicial e estamos nos acostumando. As pessoas estão buscando o equilíbrio” afirma.

Pilares do Marketing de Incentivo

Ricardo acredita no Marketing de Incentivo como uma ferramenta útil para os líderes apostarem nessa retomada das atividades pós pandemia. Sabe que no ponto de vendas a briga fica intensa e centavos fazem a diferença. E quando se fala em Marketing de Incentivo, como a que a TMI MICE trabalha, ele cita ser uma ferramenta extremamente estratégica e muito utilizada antes da pandemia, que trouxe benefícios e reconhecimentos inéditos para a empresa.

“A gente tem desenvolvido alguns programas de incentivo para o nosso consumidor, para nossos clientes, para os clientes dos clientes, gerando um círculo virtuoso de negócios, e tem feito com que a gente tenha conseguido resultados bem interessantes.” Declara. “Acredito que a retomada virá demandando uma série de releituras de ferramentas. O Marketing de Incentivo vai requerer uma nova leitura, mas ele continuará sendo vital, não tenho dúvidas que ele vai ser fundamental.” diz otimista

E o que o faz acreditar no Marketing de Incentivo, como essa força de transformação, está baseado em três pilares que, para ele, são imbatíveis na construção de uma boa campanha:

1. Tem que ser possível.  O desafio precisa ser alcançável, a pessoa tem que olhar e dizer, eu consigo alcançar esse desafio.
2.  Tem que ser estruturado. Estrutura não só de campanha com metas e objetivos claros, mas a pessoa tem que enxergar como vai chegar naquele objetivo.
3.  Tem que ser atrativo. Não basta ser uma premiação, é preciso ser um reconhecimento a altura do desafio proposto.

Campanhas de incentivo para alavancar e ter reconhecimento no mercado.

Ricardo vem trabalhando esses pilares nas suas campanhas e conseguindo atrair e motivar seus distribuidores e sua equipe a buscarem os resultados, porque enxerga que a premiação é atraente e com isso, vem colhendo frutos sensacionais. “Nós iniciamos uma campanha de incentivo em 2016 e por dois anos seguidos fomos reconhecidos como o melhor programa de incentivos da PETRONAS, falando mundialmente. Recebemos o reconhecimento da equipe global de marketing por conta da campanha e resultados atingidos. Felizmente temos sido assertivos nas campanhas. E é claro que agora, teremos que adaptar todas, ver o que é possível, mas não desistiremos delas” diz animado.  

O programa citado anteriormente teve, como atração principal, viagens como premiação, e ele atribui o sucesso dessa campanha, o fato da viagem oferecer mais do que sair do país e conhecer lugares diferentes, ela permite novas experiências, e nada se iguala a isso, “ Não é uma viagem qualquer, é uma experiência diferenciada. E tem trazido resultados muito expressivos” afirma Ricardo.

Mesmo durante a pandemia, tiveram que postergar uma viagem dessas. “Nós tínhamos uma viagem para fazer, que era para ter sido em abril e postergamos para o ano que vem. Esperamos que consigamos realizar essas viagens, para o bem do time”.  E concordo com ele quando diz que “Viagem e experiência são itens muito difíceis de suplantar por outra proposta. Envolve algo intransferível, diferente, onde tudo tem um significado único.”

O importante é planejar

E diante da pergunta que não quer calar: como as empresas que estão tirando ou diminuindo o budget da área de campanha de incentivos vão se reestruturar novamente? Para ele, o mais importante é saber o que fazer com a verba que vai sobrar, “Nós passamos por ajustes de verbas de marketing, de investimentos, redução de despesas, e todas as empresas tiveram que passar por isso. Acho que as pessoas precisam ter equilíbrio entre o corte que é requerido, e com a verba que sobra, saber onde investir.”

Mesmo cortando despesas, as empresas precisam entender os motivos e não desperdiçar os esforços que já tinham feito, “Nós suspendemos uma campanha este ano, justamente porque nesse cenário não é possível verificar quando a viagem poderia ocorrer. E mais, qual o impacto no mercado que a pandemia estava causando, entre os desafios que traçamos. Não sabíamos se era possível ou não, por isso deixamos “on hold”, mas realocamos a campanha para trazer fôlego e resultados rápidos. Felizmente, estamos conseguindo.”

As empresas precisam estar atentas em adequações que precisam ser feitas nos investimentos para que os resultados venham rapidamente, fazendo o negócio girar. E como ele diz “No final das contas, o marketing sem verba, é igual a filosofia, é bom para trocar ideias num boteco, para tomar cerveja, mas precisamos de verba para fazer a coisa acontecer. Porque no final das contas o marketing só conta como positivo quando ajuda a vender” conclui Ricardo.

E diante dessa conversa com Ricardo Brandão, sempre tem algo para acrescentar e mostrar como os executivos das grandes empresas podem melhorar suas performances de vendas. Com uma história vencedora e recheada de experiências, ele nos prova que o caminho pode ser árduo, mas nem sempre precisa optar pelo pior cenário.  A empresa que entender que o marketing é uma ferramenta importante tanto para o incentivo de seus colaboradores quanto para gerar bons resultados para sua empresa, sairá na frente. Sempre!

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Imagem por Ian Stauffer via Unsplash