Dubai e eu, um caso de amor

Que eu sempre gostei de viajar, pra minha família acho que nunca foi novidade. Então comecei a me interessar por destinos. Quando via uma dessas revistas de viagem na minha época de criança/adolescência – pegava pra ler e imaginava quando eu ia poder conhecer tudo aquilo que eu lia. Alguns destinos pareciam praticamente impossíveis de eu conhecer, como Dubai.

Poucos anos se passaram e quando tive que escolher o que cursar na faculdade e o que fazer “pelo resto da vida”, escolhi a administração hoteleira. Foi este curso que me levou a trabalhar com as viagens de incentivo, meu foco de trabalho até hoje, mais de 20 anos depois.

Em 2010, assumi a responsabilidade de operar um grupo de incentivo para 400 pessoas e o destino era Dubai! Além do desafio profissional e da conquista de ter feito uma operação redondinha para aquele grupo super especial, tive a oportunidade de pisar naquele lugar tão místico e tão diferente de qualquer outro que eu já tinha visto na minha vida.

Entrar no avião da Emirates já foi algo de acelerar o coração e a chegada ao aeroporto já me deixou extasiada! O caminho até o hotel foi de deixar o queixo caído. Lamborghinis e Ferraris aceleravam pelas highways como se fossem carros populares. Os prédios iluminados me deixaram ainda mais curiosa pra saber como era tudo aquilo de dia! No dia seguinte depois de um café da manhã cheio de opções, digno de uma princesa árabe, precisava inspecionar o local do coquetel de boas-vindas que o grupo teria naquela noite.

Dubai em 2010, era uma cidade em construção. Muitos prédios ainda subindo, guindastes e canteiros de obra por todos os lados. O Burj Khalifa, hoje o edifício mais alto do mundo já estava pronto, mas longe de ser visitado. A Palm Jumeirah, aquela do projeto que vi na revista, tive o prazer de conhecer durante o city tour. Continuando com os passeios daqueles 06 dias inesquecíveis, conheci o souk do ouro e o souk de especiarias onde senti cheiros diferentes e deliciosos e provei a tâmara seca, fruto símbolo dos Emirados Árabes Unidos. Andei de abra, um barquinho antigo de madeira impulsionado, na maioria das vezes, por um homem de uma das tantas outras nacionalidades que foram tentar a vida nesta cidade do futuro. Cada coisa que eu via, cada novo sabor que eu experimentava, cada cheiro que eu sentia, tudo me enchia de tanta alegria, que eu agradecia Alá o tempo todo pela oportunidade. Fui embora de Dubai em 2010 com um gostinho de quero mais.

Em 2018, a vida, o meu trabalho e mais um cliente que levo no coração, me deram mais uma oportunidade de ver Dubai durante uma inspeção para um grupo menor, mas não menos importante que o grupo da vez passada. Queria ver como Dubai tinha ficado! Mais uma vez me maravilhei com o lindo e imponente aeroporto dourado. Do carro, ainda de longe, já podia ver o Burj Khalifa prateado, reluzindo soberano no centro da cidade iluminada que se erguia ao seu redor, em meio ao deserto, como um oásis. A hospedagem foi no hotel Downtown Palace Dubai. Luxuoso e impecável também, como tudo ali naquela “ilha da fantasia”, e aos pés do Bruj Khalifa, o maior prédio do mundo. Foi uma nova experiência. Conheci o Burj Al Arab por dentro. Esse hotel em formato de vela de barco, tão icônico, enche nossos olhos assim que entramos nele. Todo colorido, um vão aberto que vai até a ponta da vela. Que arquitetura! E tudo o que você vê ali que reluz “como ouro” É ouro! Impressionante! Sobrevoei as Palm Islands e as World Island de hidroavião, durante o dia. Pude, então, ter a vista aérea real daquilo que fiquei imaginando, durante tantos anos, como seria ver de cima.

Mas os Emirados são tão legais que não se resumem em Dubai apenas. Abu Dhabi não fica atrás no quesito arquitetura, engenharia, luxo e novidades. Lá está a maior mesquita do mundo. Linda, branca e imponente, ela recebe de braços abertos visitantes de todas a raças, cores, culturas e religiões, desde que devidamente vestidos e as mulheres com o cabelo coberto. Depois parti com meu querido cliente para o Yas Marina. Conhecemos cada detalhe do lugar: as vilas das escuderias, os boxes, o hotel e a pista, em super alta velocidade dirigindo (o cliente, não eu) um Aston Martin a 200km/hora na pista desse famoso circuito de F1. Pura adrenalina! Ele, aliás, não teve dúvidas ao decidir incluir essa atividade pra seus premiados e ainda acrescentou a personalização dos carros com a marca da empresa. A visita em Abu Dhabi terminou de um jeito que eu nem sei explicar. Fomos visitar o Louvre de lá. Sem dúvida o museu de arquitetura mais linda que eu já vi. O salão principal parece não ter fim, pois além de não ter paredes estruturadas, ele “termina” em degraus que adentram o mar do Golfo Pérsico, que traz uma brisa úmida para o local.

Ainda nessa viagem conheci e vivenciei outras coisas incríveis que vou listar agora:

  • Museu de Dubai que é pequeno, rápido e nos dá uma boa aula sobre o povo árabe, em especial sobre os emirates.
  • Dubai Frame andando sobre um chão de vidro a 150m de altura;
  • Subi até o 126º andar do Burj Khalifa e saboreei um delicioso coquetel apreciando o pôr do sol.
  • Jantei no Burj Khalifa, no r At.Mosphere que está no 122º andar. O restaurante é ao mesmo tempo chic, moderno, charmoso e acolhedor. De lá vi a cidade iluminada à noite.
  • Tomei um drink no bar mais chic que existe: no Burj Al Arab
  • Vi o skyline de Dubai do mar, a bordo de uma lancha rápida num passeio delicioso e refrescante
  • Brindei ao pôr-do-sol em meio ao deserto em uma tenda privativa
  • Participei de uma festa estilo beduíno no deserto ao som de música árabe e assistindo dançarinas do ventre
  • Andei de camelo
  • Fiz compras no Dubai Mall, vi de perto o aquário gigante
  • Assisti ao show das fontes degustando de um delicioso jantar tailandês
  • Visitei o icônico Atlantis The Palm
  • Molhei o pé no Golfo Pérsico e descobri que a água era quentinha.

E mesmo com tudo isso que fiz, e tendo ido duas vezes, ainda tem coisas que quero ver e experimentar lá:

  • Visitar a Expo 2020 que, sem dúvida, será a mais elaborada, mais futurista e, claro, a maior de todos os tempos
  • Visitar Masdar City, a única cidade sustentável do mundo! Um show de tecnologia e tema perfeito para uma learning trip inesquecível!
  • Dar uma volta na Dubai Eye (roda-gigante)
  • Me aventurar no Ferrari World em Abu Dhabi
  • Fazer um passeio de balão
  • Jantar a bordo de um bateau
  • Pegar uma praia e descansar em uma piscina
  • Visitar o Dubai Garden Glow, de preferência, à noite
  • Me hospedar em um hotel no deserto.

Muita coisa pra ver ainda não só em Dubai, mas nos Emirados Árabes Unidos. Espero, um dia, poder voltar aqui e contar o que mais eu vi por lá. Revisei esse longo texto e espero que não tenha ficado cansativo para quem o lê. Pelo contrário, espero que tenha dado vontade viajar.

Quando comecei a escrever esse artigo, chamei ele de “Dubai e eu, um caso de amor”, mas agora pensando bem, acho que sou polígama porque tenho muitos casos de amor pelo mundo…com a Grécia…com a África do Sul…com o México…com Israel…


Gabriela, comercial e novos negócios. Atuou por 18 anos na operação BackOffice e in loco de viagens corporativas de incentivo e learning. Apaixonada por conhecer lugares, pessoas e novas culturas. Graduada em Administração Hoteleira e Pós-graduada em Marketing de Serviços.

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Imagem por Fernando Jorge via Unsplash

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